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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Trabalhar à noite pode aumentar risco de câncer de mama

 
Segundo estudo, probabilidade de desenvolver o problema é até 30% maior
POR MINHA VIDA - PUBLICADO EM 21/06/2012

Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é responsável pela morte de milhares de mulheres todos os anos. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estão previstos mais de 52 mil novos casos no Brasil neste ano. Um possível fator de risco que pode estar contribuindo com esse número é trabalhar no período noturno, aponta um novo estudo publicado no periódico International Journal of Cancer.
Para chegar a essa conclusão, uma equipe do Centre for Research in Epidemiology and Population Health, na França, acompanhou três mil mulheres durante três anos. Das participantes, 11% trabalhavam ou já haviam trabalhado de noite. Os pesquisadores observaram, então, o impacto da vida profissional das voluntárias sobre a sua saúde.
Os resultados mostraram que a chance de desenvolver câncer de mama foi 30% maior entre as mulheres que trabalhavam ou haviam trabalhado no período noturno do que aquelas que nunca haviam trabalhado à noite. O risco se mostrou ainda maior entre as participantes que trabalhavam em turnos variados, sendo de um a três dias no período noturno. Outra descoberta foi o aumento do risco entre as mulheres que haviam trabalhado de noite antes da primeira gravidez, explicado pelo fato de que as células mamárias podem ser mais vulneráveis antes da primeira gestação.
Para os autores do estudo, uma possível explicação seria o fato de o trabalho no período noturno atrapalhar o ritmo circadiano, ou seja, período no qual se baseia o ciclo biológico do ser humano. Ele regula funções desde a digestão até o estado de vigília e é fundamental para o bom funcionamento do organismo. Suspeita-se, assim, que a alteração desse ritmo leve à disfunções que poderiam gerar um câncer.
Passe longe do câncer de mama com hábitos saudáveis
A maneira mais popular para a detecção precoce do câncer de mama é o autoexame de toque. Já a mamografia e o ultrassom de mama são os exames mais precisos, que podem diagnosticar o tumor na mama. Entretanto, além do diagnóstico precoce, existem hábitos que ajudam a evitar o desenvolvimento dessa doença. Saiba quais são eles e aumente a sua proteção.
Saiba mais
1. Exercícios
Um estudo realizado por pesquisadores norte-americanos e publicado no Journal of the National Cancer Institute, apontou que adolescentes praticantes de exercícios físicos intensos diminuem as chances de sofrer de câncer de mama na fase adulta em até 23%. Isso porque a prática de exercícios físicos diminui o estresse e ajuda no controle do peso, fatores que também influenciam no desenvolvimento de câncer de mama.
2. Amamentação
Segundo um estudo feito pela World Cancer Research Fund, na Inglaterra, mulheres que amamentam os seus filhos por, pelo menos, seis meses têm 5% menos chances de desenvolver câncer de mama. Quando a mulher amamenta, ela estimula as glândulas mamárias e diminui a quantidade de hormônios, como o estrógeno, em sua corrente sanguínea.
3. Ômega 3
Pesquisadores do Fred Hutchinson Cancer Research Center, nos Estados Unidos, mostraram que óleo de peixe pode diminuir em até 32% as chances de câncer de mama. Isso acontece pela ação antioxidante do ômega 3, ácido graxo encontrado em abundância nos óleos de peixe
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4. Estresse
O estresse está entre os fatores de risco para câncer de mama. Alguns estudos mostraram que as mulheres que vivem uma rotina muito agitada e estressante têm quase o dobro de chances de desenvolver a doença. Ainda não se sabe muito bem porque o estresse aumenta as chances de câncer de mama, mas a relação entre os dois é bastante evidente.
5. Soja
Estudos observaram que a incidência de câncer de mama é menor em países asiáticos e descobriram que o consumo de soja e seus derivados, comum nesses países, ajuda na prevenção da doença. Isso se deve ao fato de a soja ser rica em estrógenos vegetais, um tipo de isoflavona que tem características bastante parecidas com o estrógeno, mas que não aumenta a proliferação de células mamárias, fator que aumenta as chances de câncer de mama
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