Por Denise Grady, de Filadélfia, Pensilvânia, 
The New York Times News Service/Syndicate

Um ano atrás, quando a quimioterapia parou de funcionar contra sua leucemia, William Ludwig se inscreveu para ser o primeiro paciente a ser tratado em um corajoso experimento na Universidade da Pensilvânia. 
Ludwig, então com 65 anos, agente penitenciário aposentado de Bridgeton, Nova Jersey, sentia que sua vida estava se acabando e imaginou que não tinha nada a perder.
Os médicos removeram 1 bilhão de suas células T (ou linfócitos T) – um tipo de glóbulo branco que combate vírus e tumores – e as proveram com novos genes, que iriam programar as células para atacar o câncer. 
Então, as células alteradas foram novamente inseridas nas veias de Ludwig.
No começo, nada aconteceu. Mas, depois de dez dias, as portas do inferno foram abertas em seu quarto de hospital. 
Ele começou a tremer, com calafrios. 
Sua temperatura aumentou. Sua pressão sanguínea baixou. 
Ele ficou tão doente que os médicos o moveram para a UTI e o avisaram de que poderia morrer. 
Sua família se reuniu no hospital, temendo o pior.
Algumas semanas mais tarde, não existia mais febre. 
E também não existia mais a leucemia. 
Não havia rastro dela em lugar algum.
Um ano depois, Ludwig ainda está em completo processo de remissão. 
Antes, havia dias quando ele mal conseguia levantar-se da cama; agora, ele joga golfe e trabalha no jardim.
''Ganhei a minha vida de volta’', diz.